PRINCÍPIO DA SEMANA #79

per·fei·ção- Acto de acabar ou aperfeiçoar alguma coisa; O grau de excelência, bondade ou beleza a que pode chegar alguma coisa.

Uma das nossas maiores metas, se não a maior, mesmo. Passamos a maior parte do nosso tempo a tentar alcançá-la, precisamos de pensar que a vamos atingir, em tudo o que fazemos. A questão é que nos esquecemos, a maior parte das vezes, que nada nem ninguém o é, na verdade, e daí a perfeição de todas as coisas.

Falando em perfeição, falo de algo que, de facto, é considerado perfeito. O número perfeito, conhecido por Phi e não Pi. Esta diferença entre ambos vai muito mais para além do H. Representado pelo número 1,618, este é muito importante na arte e na natureza e é considerado o número mais bonito do mundo. Deriva da famosa série de Fibonacci e apesar das suas origens matemáticas, o número phi está bastante envolto num misticismo pois um dos seus aspectos mais surpreendentes é o seu papel como componente básico na natureza e em nós, seres humanos. Todos possuímos propriedades dimensionais que se encaixam, na perfeição, na exactidão espantosa à razão de phi para um e daí ter sido apelidado, pelos primeiros cientistas, de divina proporção.

Acredito mesmo que assim seja e que exista, mesmo, esta perfeição, num mundo naturalmente imperfeito. O grande desafio é conseguir vê-la em nós e em tudo o que nos rodeia. No geral associamos perfeição a beleza, a simetrias, à homogeneidade de tudo o que são formas naturais. É complexa de definir já que está assente num conceito humano, logo subjectivo, pois o que é perfeito para mim, pode não ser, e não o será certamente, para a pessoa do lado. A perfeição está também assente num enorme paradoxo que é quando o imperfeito é perfeito, e vice-versa. E daí a enorme beleza de tudo isto. A questão é que como achamos que temos de ser perfeitos, ou que somos mesmo, cobramos ao outro perfeição, mesmo sem ter consciência disso. A mesma perfeição, ou o que pensamos que o seja, e se não a encontramos, o que naturalmente acontece, revoltamo-nos com a não perfeição alheia e não percebemos que essa mesma imperfeição nada mais do que reflexo da nossa própria. Decepcionamo-nos e tornamos a vida, ainda muito, mais pesada. É preciso tornar real este conceito de perfeição e de aceitar, acima de tudo que nunca poderemos esperar que alguém o seja e pior exigir-lhe isso. Encontrar a perfeição na imperfeição é o verdadeiro desafio. Em outras palavras (uma, apenas): Amar, pois a verdade, a grande verdade, é que "ninguém é perfeito até que você se apaixone por essa pessoa"- W.Shakespeare

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