SE TU GOSTAS... |EU QUERO É QUE SEJAS FELIZ| #5


Isto das relações tem muito que se lhe diga. A idade avança e ao invés de existir mais discernimento, mais “lógica” na aproximação ou relação entre duas pessoas inteligentes e experientes que se desejam ou querem, tudo é mais complicado. As vontades de cada um estão mais vincadas, as perspectivas também, bem como as expectativas.

Embora pareça machista da minha parte (sim, já fui acusado de o ser em crónicas anteriores), vou continuar a falar no principal motor de desenvolvimento do Mundo: a mulher. Esse ser tão especial e atraente pelo desafio que representa. E isto aplica-se também à forma como encaram uma relação. Para simplificar (porque senão nunca mais saíamos daqui), vamos dividi-las em 4 categorias: existem as que não procuram nada e não têm expectativas mas que se dão a mostrar; as que vivem para o trabalho; as que vivem para os filhos; e finalmente as que mais me suscitam curiosidade: que anseiam por uma relação duradoura e familiar… JÁ!

Aviso à navegação masculina: ir para uma discoteca à procura de algo pode ser perigoso… é que estas últimas costumam lá andar! Ter sorte numa noite revela-se um pesadelo um mês mais tarde. Envolvemo-nos, pensamos que está tudo bem e a “rolar” e eis senão quando, ao terceiro dia, ela quer apresentar o filho. Este, normalmente, é um sinal… um indicador do que aí vem. Pensem que estão num cruzamento e o semáforo acabou de ficar encarnado sem acender o amarelo! Não considerariam estranho? Mas, mesmo na estrada por vezes pensamos “é tão tarde, não vejo Polícia, vou avançar”. Errado! Tal como os indicadores na vida, o Código da Estrada é para ser cumprido! Para bem da nossa saúde! Passadas três semanas começamos a perceber que a mulher não nos larga. E pensamos: “Não cheguei a meio da minha vida para agora ter uma Polícia-Sinaleiro a dar-me orientações…”. As coisas vão avançando, vamo-nos escapando a dar-uma-voltinha-na-Expo-num-domingo-à-tarde com a bendita criança e um dia… o “saco” fica cheio. Queremos terminar o que começou inocentemente numa noite de várias cervejas… e penso para mim “não devia ter bebido aquela última….” ou “aquela última estragou tudo…”.

Quero terminar o envolvimento mas falta-me a coragem. Tento uma vez e ela chora. Tento outra vez e ela grita. Tento a terceira e sou acusado de ser um abusador, que afinal só queria sexo. Ora bolas… mas fui só eu que curti?? Mas adiante. Tento a quarta vez e agora com toda a coragem consigo, finalmente, desvincular-me daquela pessoa - abrir uma lata de feijão frade com uma faca pareceu-me tarefa mais simples... E é neste momento que libertamos a fera - a pressão psicológica verdadeiramente dita passa a imperar nas incessantes mensagens do telemóvel. São várias as jogadas, as estratégias, somos atacados com todo o arsenal e, por fim, solta o Ás do trunfo, tal jogo da Sueca em que temos a tendência de o guardar para o final. O choro, os berros e as acusações foram doces para meninos, comparado com o que aí vem.

O telemóvel toca, número desconhecido. Atendo e do outro lado ouço uma voz madura: “Estou? Olhe, aqui é a mãe da Cátia Vanessa e gostava de saber porque terminou com a minha filha”. WTF?? Nem à minha mãe dou justificações, e vou dar justificações à mãe da outra? Desde então trazer um telemóvel no bolso é como uma granada prestes a explodir. Cada vez que toca temos medo que seja a vizinha, o padeiro, ou quiçá o tipo do Circulo de Leitores a ligar e a perguntar porque deixámos a Cátia Vanessa, esse ser tão especial… Aqui fica a sugestão do Magneto para homens e mulheres: não bebam aquela última cerveja. Normalmente sabe mal.

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