SE A BABI MANDASSE #2

Ao contrário dos outros animais, se "Deus" nos deu o dom da fala, não entendo porque é que a usamos tão pouco, para o que é realmente importante. Comunicar. Expressar. Emoções. Pensamentos. Opiniões. Sentimentos. Em vez disso, presumimos. Sim, na maior parte das vezes é bem mais fácil e bem menos incómodo, para nós e para não incomodarmos os outros. A questão é o perigo de onde isso nos pode levar. Há muito tempo que observo que parece que temos de pedir "com licença" para nos expressarmos o que "nos vai na alma". E, até entendo o porquê, mas não me é, de todo, indiferente, entristece-me, incomoda-me. Portanto e se eu mandasse abolia o acto de presumir.

"Mãe de todas as asneiras", segundo um provérbio português, dos poucos actos que existem que, e ao ser alvo então, não suporto. Vejo a presunção como a maior das falhas de comunicação que existem entre duas pessoas e uma das mais terríveis armas do nosso pensamento. Presumir leva-nos a conclusões e a suposições que a maior parte das vezes não são reais, essas mesmas suposições levam-nos a outras atitudes e comportamentos baseados em algo falso, isto tudo pode, e em jeito de bola de neve, levar-nos a situações totalmente dispensáveis, se... Tivéssemos pura e simplesmente comunicado. Tão simples... Poucos são os seres que com um simples olhar dizem tudo, e sei bem do que falo, mas isso deve-se ao conhecimento que têm um do outro, a sentimentos muito profundos que os ligam que, e em última análise, se deve a uma fortíssima comunicação interna. 

Presumir ou fazer presunções sobre algo que é totalmente novo e que nunca vivemos, castra-nos. Tira-nos "a" hipótese "de". Sendo o oposto à realidade, em si, ou ao que ela pode vir a ser, como presumimos, que sabemos como é ou como será, nem chegamos a vivê-lo. Perigoso. Muito perigoso, na medida em que nos podemos perder e perder o nosso real caminho. Por isso nunca esquecer que não é possível começar a aprender e viver aquilo que se presume saber...

Eu não presumirei 
Tu não presumirás 

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